A gente pensa em tanta gente no mundo, marca de passar um tempo com tanta gente. Pensa até em personagens de filmes, novelas, séries, pensa no que será que fulano resolveu do que disse que ia fazer… Se todo ser humano se dedicasse a escrever roteiros, quantas histórias interessantes teríamos!

Mas nesse vai e vem de pensamentos, nessa mania de pensar sem parar que até impede o sono de chegar de vez, a gente se esquece é da gente, esquece de pensar um pouquinho mais na nossa vida, não nos colocando à mercê de uma segunda, terceira vontade de outra pessoa, falo de pensar na gente e ponto final.

Tenho uma mania meio louca de falar sozinha, falo comigo na terceira pessoa, isso faz parte do meu eu desde bem pequena. É meio bizarro, eu sei, mas eu me pergunto coisas como “Quer um pedaço de bolo?”.

Mas e depois? E depois de pensar um bocadinho mais na gente, como vai ser daqui a meia hora, no dia seguinte, nas próximas semanas? A gente fica ansiosa com personagens de ficção, em saber o que vai ser, parece que a nossa vida é incapaz de dar uma história ainda mais louca e emocionante.

Há quem ache que quem escreve, tenta apenas levantar a bola de quem lê. Mas quer saber? Escrevo para você como se estivesse escrevendo para mim. Gastamos muito tempo com muitas coisas e pessoas, e assim, esquecemos da alma que somos, do brilho que precisamos irradiar. A gente se esquece que pode fazer coisas grandiosas, ainda que minúsculas para a maioria das pessoas.

Vamos fazer um exercício: Quando surgir em nossa mente os pensamentos sobre tantas coisas e pessoas, vamos limpar o espaço na cabeça e colocar a nossa vida, a nossa alma, os nossos pensamentos sobre nós.

Você é tão admirável quanto a personagem da série. Sua vida é até mais cheia de emoções do que um dia inteiro de histórias malucas em House. A vida é nosso presente. Quando vamos pensar em nós? Quando não houver mais o que pensar?