Minha experiência com o livro O Cemitério (Pet Sematary) de Stephen King é das mais inusitadas. Estava no terceiro ano de faculdade e tinha chegado as férias do meio do ano, quis relaxar e peguei emprestado na biblioteca esse clássico do horror. Li em menos de uma semana e sempre penso nesse livro como uma importante simbologia para muitas coisas na vida.
Resumindo, se trata da história do médico Louis Creed, que se muda com a sua família de Boston para a área rural do Maine, Estados Unidos. A esposa Rachel e o pequeno Gage estão muito animados com essa mudança, menos Ellie, a filha do casal, que sente saudade da cidade, da escola e amigos.
Ocorre um acidente próximo à escola em que o Dr. Louis está atendendo e na emergência chega o jovem Victor Pascow, que tem uma participação muito importante na história.
Outro personagem muito importante na narrativa é o vizinho dos Creed, Jud Crandall, que apresenta à família o famoso Pet Sematary, conhecido como Cemitério dos Animais. Segundo uma lenda indígena, esse lugar pode trazer de volta os mortos.
O gato da família Creed, Church, é o animal de estimação de Ellie, que não consegue pensar na possibilidade ‘inevitável’ da morte do animal. Por morarem próximos a uma estrada, Crandall alerta o Dr. Louis para tomar cuidado com o gato e castrá-lo, para que não aconteça de sair e ser morto na estrada. O médico toma essa precaução, mas infelizmente, o pior acontece e Church morre atropelado. Rachel, Gage e Ellie estão na casa dos avós durante esse ocorrido e Louis toma a decisão de enterrar o animal no tal cemitério.
Church retorna, mas não parece o mesmo. Se mostra arisco, exala um odor fétido e apresenta hábitos que não tinha antes. A família Creed parece estar marcada por uma espécie de maldição, e a ida ao Cemitério dos Animais irá se repetir mais algumas vezes. Nesse livro, você também vai acompanhar o processo da perda de sanidade do Dr. Louis.
Bem, essa história prende bastante a atenção, é aterrorizante, mas sempre me fez refletir sobre a questão da importância de ‘deixar ir’, de não mexer no passado, de não ‘enterrar mortos’ no Pet Sematary, porque esses mortos que retornam, não são mais os mesmos, trazem uma espécie de maldição.
Em um momento de dor ou de abalo emocional podemos subitamente querer uma solução imediata para acabar com o sofrimento, e o livro também me fez refletir sobre a importância de viver o luto, de dar tempo ao tempo para que a poeira abaixe, tudo é uma questão de encarar as coisas que acontecem como aprendizado (clichezão, eu sei).
E aí, quando você vê o filme (1989), com a clássica trilha dos Ramones, você reflete que também não quer ser enterrado no Cemitério dos Animais porque não quer viver a sua vida novamente (risos), essa música me faz pensar na importância de aceitar a própria trajetória e de saber quando é hora de parar, quando é o momento do fim.
Não sei se em algum lugar você já viu alguém escrevendo ou falando sobre Pet Sematary com tantos exemplos para se repensar a vida (risos), mas realmente é um livro que pode te dar muitas perspectivas novas sobre a sua vida.
É realmente aterrorizante, mas vale essa leitura, de verdade! Leia Cemitério Maldito, de Stephen King, se nunca leu nada dele antes, com certeza esse vai ser o seu primeiro livro de muitos outros dele. É a segunda dica de Stephen King que dou, a primeira, é Cujo, que está aqui. Abraço!
Leu a saga da Torre Negra?
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Não li!!! Estou atrasada na vida? hahaha
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Não… Rsss… É que vi suas indicações do mestre King e li essa saga e gostaria da sua opinião… A minha, vale muito a pena os 4 primeiros livros… Aí, já vai querer ler os outros 3 para saber o final… Mas muito ruim…
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