Of playing
Playing with this bow and arrow
Em um campo minado de esperanças,
não há muitas alternativas,
além dessa, de tentar acertar em bolhas de sabão.
Poemas me olham com o mesmo olhar que lhes lanço,
sei que podemos nos envolver,
mas nos resistimos,
quem sabe onde esse mergulho pode dar?
Talvez seja o nosso fim.
Assim, aos poucos, bem no raso, não corremos perigo.
Give me a reason to love you
assim, tanto quanto eu amo e flerto com os precipícios da mente.
Poemas e eu nos enxergamos nus,
sem qualquer estranhamento,
tão íntimos e tão distantes.
O ópio que me envolve é o silêncio,
é esse intervalo ínfimo, que me diz muito mais sobre quem sou,
do que quando tento ouvir de minha própria consciência.
Sinto-me caindo, caindo, caindo, caindo,
em túnel escuro,
a vagar, como quem está prestes a entrar em agonia.
Sinto-me abatida,
sem presságios de dias melhores,
para uma mente inquieta e repleta de labirintos.
Está tudo estranho, frio, apático,
estou assim, entre o caos e o caos,
a última vez que assim foi,
descobria o flerte com a melancolia.
Meu mundo está caindo,
minha mente vaga em fragmentos de: vai dar certo, vai dar certo, vai dar certo.
Antes as lágrimas corriam livres, sem grande esforço.
I’m so tired.
Podia ser só Portishead.
Mas é um suspiro longo, em silêncio, que me cerca.