Sua história acima de toda autocrítica

Você quer ser um escritor e escritora? Deseja trazer uma história à vida? Então será preciso cuidar da sua autocrítica.

Certa vez vi uma entrevista da Matilde Campilho, uma escritora e poeta portuguesa que gosto muito, que foi questionada sobre como lidava com as críticas, no caso, as críticas externas. Ela respondeu que nunca pensa nisso no momento em que está escrevendo.

Toda história vai agradar um público e desagradar outro. Toda história tem críticas positivas e negativas. Tudo bem. O problema na verdade está muito mais na autocrítica elevada.

Primeiro é preciso saber se você é alguém autocrítico. Os sinais são:

  • Nada está suficiente para você – Assim como você também não se sente alguém bom o suficiente;
  • Culpa – Principalmente a si e muito mais por aquilo de negativo que lhe acontece;
  • Se decepciona constantemente consigo – A cada erro a sensação que alimenta é a de que fracassou;
  • Não quer se arriscar – Porque acredita que se fizer algo diferente, irá fracassar;
  • Evita expressar opiniões – Porque tem medo de que sejam bobagens;
  • Seus resultados nunca te satisfazem – Você sempre acha que poderia ter feito algo melhor;

Entre outros.

Enquanto sua autocrítica te vencer, sua história não nasce

Compartilho da mesma visão da Matilde Campilho, jamais pensei em críticas externas ao escrever e sempre me barrei quanto às críticas internas, porque essa pode ser uma maneira muito cruel de deixar de fazer coisas muito legais, porque sente um medo “camuflado” em autocrítica.

Se eu acho todas as histórias que escrevo incríveis? Sim, eu acho. Todas elas, o que é diferente de achar que estão perfeitas. Sempre, como seres que escrevem, vamos pensar que poderia ter sido feito melhor e sempre poderia ter sido feito melhor.

Nossas histórias sempre poderiam ser melhores do que são porque nós mudamos, porque nossas visões amadurecem, alguns personagens perdem a força em nosso imaginário, porque representavam algo em nós que já não é tão vivo como fora outrora, mas ainda dirão muitas coisas a quem somos hoje e a muitas pessoas por aí.

Mas o importante é não permitir que o excesso de autocrítica lhe barre. Ser crítico quanto ao próprio trabalho, quanto ao próprio processo criativo, isso é fundamental, mas é preciso fazer acontecer, deixar nascer.

Quer um exemplo meio louco? O parto de uma criança. Independentemente das discussões sobre que tipo de parto, sobre se em casa, hospital, se acompanhado por doulas ou não… a criança vai nascer. De algum jeito. Assim são os projetos criativos. Eles nascem, talvez não da maneira idealizada, ou seja, não como a autocrítica gostaria que fosse.

Sua história só vai nascer:

  • Quando você abandonar a ideia de perfeição;
  • Quando o seu projeto for maior do que o seu ego;
  • Quando a sua história for para você maior do que tudo, do que todos os seus pensamentos, que muitas vezes, estão contra você;
  • Quando você parar de se comparar a outros escritores e escritoras.

Nenhum livro que você pega nas mãos ou baixa no seu Kindle foi escrito por alguém 100% certo de que aquela era a puta história. Mas essas pessoas, seres humanos, como todos nós, escreveram, deixaram para trás as críticas externas e internas e se arriscaram.

É claro que para vencer o excesso de autocrítica é preciso muitas vezes de ajuda, de esforço, mas se quiser parir essa história, é preciso deixar vir.

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