Temos ouvido falar cada vez mais na Síndrome da Impostora, que acomete principalmente o público feminino.
Classifica-se a síndrome como baixa autoestima para o desempenho de alguma função em um espaço tradicionalmente ocupado por homens, levando as mulheres à crença de que precisam trabalhar mais e melhor para ter direito a esse reconhecimento.
A atriz Kate Winslet, a cantora e atriz Jennifer López, a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg e outras milhares de mulheres compartilham da sensação de que “são uma fraude”, de não se sentirem certas sobre se deveriam estar onde estão.
Ano passado, a autora Rafa Brites, lançou o livro dentro da temática e se tem visto cada vez mais mulheres discutindo sobre o assunto sob diversas perspectivas.
Por que muitas mulheres não se sentem capazes?
É claro que o não se sentir capaz é algo que acomete homens e mulheres, tanto que inicialmente o transtorno é mencionado como Síndrome do Impostor.
Esse transtorno é compreendido pelos especialistas como uma percepção equivocada que a pessoa tem sobre si, se vendo inferior, se percebendo desqualificada e subestimando as próprias habilidades.
Apesar das competências, quem sofre da síndrome passa a atribuir os seus sucessos a outros fatores, como sorte.
Esse é um campo de estudo recente e pode-se afirmar que o maior volume de pesquisas esteja nos Estados Unidos, em que se tem pesquisadores renomados como é o caso da professora Gail Matthews, da Universidade Dominicana da Califórnia. Segundo estudos da pesquisadora, 70% das pessoas entrevistadas consideradas “bem sucedidas” apresentavam sintomas relacionados à síndrome do impostor.
Segundo a especialista, dentre os ambientes em que esse fenômeno é mais recorrente é o meio acadêmico, principalmente entre alunos de mestrado e doutorado.
Autossabotagem – um dos principais sinais
A pessoa não quer falhar, e por medo disso, adota posturas e atitudes para evitar as possíveis decepções.
No círculo afetivo, por exemplo, as pessoas com medo de decepcionar os seus parceiros ou parceiras e provocar o término dos relacionamentos, assumem comportamentos autodestrutivos, como o distanciamento que leva ao término que até então tentavam prevenir.
Os sintomas frequentes da síndrome do impostor são:
- Não sentir que pertence a um lugar, trabalho ou relacionamento;
- Desmerecer as próprias conquistas e dizer que foi sorte;
- Fugir de situações em que acha que não domina;
- Procrastinação constante;
- Problemas ao lidar com erros e frustrações;
- Perda da funcionalidade em atividades cotidianas.
Por que entre as mulheres é tão comum?
Por questões sociais e culturais e por sociedades predominantemente machistas e patriarcais, entre o público feminino a síndrome da impostora costuma ser muito mais comum.
Ainda que não verbalizem, pensam que não são boas o bastante, que precisam fazer muito mais do que já fazem para “justificar” uma posição de destaque.
Não importa o quão talentosa, quantas habilidades tenha, essa mulher que pratica frequentemente a autossabotagem irá se perder em diversos momentos em sua jornada por conta desse problema enraizado em seu comportamento.
Como lidar com isso?
É preciso se questionar a todo o momento, se acolher, sempre que esses pensamentos sobre si surgirem, é preciso se situar, se reconectar à própria história e trajetória.
Quando a autossabotagem é uma prática frequente, o ideal seria a procura por ajuda especializada como a psicoterapia.
Você acha que sofre com essa síndrome? Compartilhe sua experiência… Vamos conversar!
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