*Texto originalmente publicado no blog Barasa Plutônica em 2018
Os espelhos me perguntam: Quem é você? As letras me pedem: escreva como você escreve. Meus sonhos me pedem mais energia e crença. Minha vida pede para que eu não tenha medo de morrer. Minha respiração me pede mais inspiração e olhos fechados.
Minha cor mais quente agora é aquela que me banha de vivacidade. Não é mais importante o que pensam, como pensam, o que sentem, como sentem, tem sido importante prestar atenção em como lido com o mundo e se sinto, como sinto, penso e como penso e o egoísmo não ousa pairar em minha mente em uma tentativa de ilusão. Nunca será egoísmo prezar pelo próprio bem-estar. Nunca!
Pensa-se em uma série de questões envolvendo o coletivo e pensa-se quase nada em si. Quem você é? Como é? Para que lugar o ser humano vai se continuar negligenciando a si, o seu significado no mundo? Porque significamos, cada um de uma maneira neste Universo.
Ouvir Bob Marley se torna uma obrigação diária, não pela leveza do Reggae, mas porque a loucura ronda e quer despertar uma certeza de que vai começar uma revolução.
A ordem é para que siga, para que não perca a alma apesar de todos os moinhos de esperança.
Chora-se aos cântaros pelo encontro consigo.
Vida por viver, prefiro a cova. Escrever por escrever, não posso profanar esse chamado, jamais! É a única certeza no mundo do que preciso fazer e de como encontrarei o meu eu.
Aos poucos, aos poucos, espero a minha vez… Que alguma cor me guie a quem sou, que seja desde o azul até o branco mais alvo.
Quero saber quem é a Daiana e quem é a Maria, Adèle, Jorge ou Emma. Quero ver a minha alma e as almas. Não quero ser pouco quando a minha alma me pede a eternidade.
Que todas as estrelas se acendam ao desejo de um ser louco por uma revolução chamada Eu sou! Que os espinhos das rosas inflamem a carne, mas que a doçura do toque permaneça inalcançável.
Nem tudo pode ser explicado, nem tudo, quiçá o que nos diz a própria alma! A minha me guia. Lágrimas aos cântaros, gritos internos ensurdecedores, mas no fim, o fim e o encontro. Pode ser hoje, amanhã, no momento prestes à morte, mas é certo.